PORTAL RIO MADEIRA – A Justiça de Rondônia condenou uma médica apontada como líder de um grupo criminoso responsável por tortura, extorsão qualificada e roubo com violência em Porto Velho. A sentença, emitida pela 2ª Vara Criminal da capital, fixou pena de 19 anos, 6 meses e 10 dias de prisão em regime fechado.
Como o crime aconteceu
Segundo o Ministério Público de Rondônia, a vítima foi atraída em dezembro de 2024 com a promessa de trabalho. Ao chegar ao local indicado, foi submetida a intenso sofrimento físico e psicológico. Ela sofreu agressões, teve a liberdade restringida, foi ameaçada de morte e chegou a enfrentar simulação de disparo de arma de fogo transmitida por videochamada.
Ainda conforme as investigações, a vítima foi forçada a assinar um documento que garantiria vantagem financeira ao grupo e teve o celular roubado.
Outros condenados no processo
A decisão judicial também condenou mais três envolvidos. Um deles recebeu a mesma pena da médica, outro foi sentenciado a 10 anos e 4 meses de reclusão e o quarto condenado recebeu pena de 2 anos, em regime aberto. Os réus que já estavam presos permanecerão detidos.
Origem da investigação
A condenação decorre da Operação Cruciatus, conduzida pelo Gaeco, que aprofundou elementos obtidos em apurações anteriores. As provas, segundo o MP, demonstram a atuação organizada do grupo, com divisão de tarefas e incentivo à violência.
Medidas adicionais
A Justiça determinou que os condenados paguem à vítima uma indenização mínima equivalente a dez salários-mínimos. O Ministério Público informou que enviará o caso ao Conselho Regional de Medicina para apuração ética da médica, em razão da incompatibilidade da conduta com os princípios da profissão.
Foto/Reprodução: imagens da internet
Fonte: Portal Rio Madeira / g1


