PORTAL RIO MADEIRA – A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu, por unanimidade, manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os votos foram registrados no plenário virtual nesta segunda-feira (24), em decisão que segue válida até o fim da sessão, às 20h.
Decisão unânime
O relator Alexandre de Moraes reafirmou que Bolsonaro violou “dolosa e conscientemente” a tornozeleira eletrônica, descumprindo medidas cautelares impostas pelo STF. Moraes destacou que o ex-presidente admitiu ter manipulado o dispositivo, configurando falta grave e desrespeito à Justiça.
Flávio Dino acompanhou o relator e citou que ações recentes de aliados — como fugas e tentativas de obstrução — evidenciam risco concreto às instituições. Dino também mencionou a vigília convocada por Flávio Bolsonaro, dizendo que situações dessa natureza podem gerar “violência, invasões e confrontos”, aumentando o risco de fuga e instabilidade.
Contexto da prisão
Bolsonaro foi preso no sábado (22) e permanece custodiado na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. A decisão ocorreu após a Secretaria Penitenciária detectar danos na tornozeleira eletrônica, instalando um novo equipamento horas antes da prisão preventiva.
A defesa afirma que Bolsonaro teve um episódio de “confusão mental” provocado pela interação de medicamentos e que teria agido por paranoia, sem intenção de fuga. Durante a audiência de custódia, o ex-presidente alegou ter acreditado que havia uma escuta instalada no dispositivo.
O que motivou o STF
Segundo Moraes, pesaram para a conversão em prisão preventiva:
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a tentativa de violação da tornozeleira eletrônica;
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o risco de fuga;
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a vigília convocada próximo à casa onde Bolsonaro cumpria prisão domiciliar;
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o iminente início do cumprimento da pena de 27 anos e três meses pela trama golpista, na qual é apontado como líder.
Situação atual
Bolsonaro segue detido em cela especial na PF enquanto os ministros encerram a análise. A votação permanece aberta até as 20h desta segunda-feira.
Foto/Reprodução: imagens da internet
Fonte: Portal Rio Madeira


