PORTAL RIO MADEIRA – O Brasil ultrapassou a marca de R$ 3 trilhões em impostos arrecadados nos primeiros meses de 2025, um recorde histórico que evidencia o peso crescente da carga tributária sobre a população. O marco foi atingido ainda em outubro, meses antes do habitual — em anos anteriores, esse valor só era alcançado no fim do ano.
O painel Impostômetro, instalado na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), registrou nesta terça-feira (7), às 12h, que os brasileiros já pagaram R$ 3 trilhões em impostos desde o início de 2025. O montante inclui impostos, taxas e contribuições recolhidos pelos governos federal, estaduais e municipais, além de multas, juros e correções monetárias.
Em 2024, essa quantia foi atingida apenas em 1º de novembro, às 16h29. O registro deste ano ocorreu 25 dias antes, refletindo um crescimento expressivo da arrecadação. Comparado ao mesmo período de 2024, quando o Impostômetro marcava R$ 2,743 trilhões, o aumento foi de 9,37%.
Fatores que impulsionaram a alta
Entre os principais fatores que contribuíram para o crescimento da arrecadação estão a inflação e a ampliação de tributos sobre o consumo, que elevaram a carga sobre bens e serviços. Além disso, mudanças recentes na política fiscal ajudaram a elevar os números:
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Tributação de fundos exclusivos e offshores;
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Alterações nas regras de subvenções estaduais;
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Retomada da tributação sobre combustíveis;
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Cobrança de impostos sobre apostas on-line (Bets);
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“Taxa das blusinhas” sobre encomendas internacionais;
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Reoneração gradual da folha de pagamentos;
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Fim dos incentivos fiscais ao setor de eventos (PERSE);
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Aumento de alíquotas do ICMS;
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Elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Recorde de arrecadação não impede déficit
Mesmo com o volume recorde de tributos, o governo federal segue registrando déficits nas contas públicas. Especialistas afirmam que o aumento da arrecadação não tem se traduzido em melhorias expressivas em áreas essenciais, como saúde, educação e segurança, enquanto os gastos continuam crescendo.
Críticas também recaem sobre o aumento de cargos comissionados e novas despesas sem contrapartida fiscal. Projeções indicam que, mantido o ritmo atual, o país pode atingir R$ 4 trilhões em arrecadação até o fim de 2025.
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Fonte: Portal Rio Madeira
