PORTAL RIO MADEIRA – A bancada federal de Rondônia deu um recado direto ao governo Lula. Em votação simbólica nesta quarta-feira (25), todos os oito deputados do estado votaram pela revogação do decreto que aumentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A decisão, consolidada no PDL 314/2025, representa uma das maiores derrotas fiscais do atual governo, com 383 votos a favor da revogação e 98 contra na Câmara. No mesmo dia, o Senado confirmou o texto.
O decreto do presidente Lula visava aumentar a arrecadação federal, com foco em bancar programas sociais e conter o déficit nas contas públicas. No entanto, o Congresso reagiu com força, classificando a medida como um pesado golpe no bolso da população mais pobre e um obstáculo ao crédito e à produção.
Rondônia fechada contra o imposto
A articulação da bancada rondoniense foi liderada pelo deputado Coronel Chrisóstomo (PL), relator do projeto que anulou o decreto. A votação unânime marca posicionamento firme contra qualquer aumento da carga tributária, especialmente sobre o crédito pessoal e empresarial.
Confira como votaram os deputados de Rondônia:
Deputado | Partido | Voto |
---|---|---|
Maurício Carvalho | União Brasil | ✅ Sim |
Coronel Chrisóstomo | PL | ✅ Sim |
Cristiane Lopes | União Brasil | ✅ Sim |
Lebrão | União Brasil | ✅ Sim |
Thiago Flores | Republicanos | ✅ Sim |
Silvia Cristina | PP | ✅ Sim |
Lúcio Mosquini | MDB | ✅ Sim |
Fernando Máximo | União Brasil | ✅ Sim |
Derrota expõe fragilidade da base
Nem partidos da própria base governista, como MDB, União Brasil e Republicanos, seguiram a orientação do Planalto. O resultado escancarou o isolamento político do governo dentro do Congresso.
O relator Chrisóstomo não poupou críticas:
“A majoração do IOF é um ataque ao cidadão mais pobre, que já sofre com crédito caro, inflação e dificuldades para acessar recursos básicos”, afirmou.
Impacto nas contas públicas
Com a revogação do decreto, o governo Lula perde uma das principais apostas para reforçar o caixa em 2025. A medida colocava o IOF como fonte estratégica de financiamento para programas como Bolsa Família, PAC e subsídios sociais.
Ainda não há definição sobre uma eventual judicialização ou novo projeto para compensar a perda da arrecadação.
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Fonte: Portal Rio Madeira