PORTAL RIO MADEIRA – Durante sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado, realizada na última terça-feira (20), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) apontou a atuação de organizações não governamentais (ONGs) como um dos principais fatores que estariam dificultando a continuidade das obras de asfaltamento da BR-319, estrada federal que conecta Manaus (AM) a Porto Velho (RO). O parlamentar argumentou que entidades nacionais e internacionais têm influenciado negativamente o processo, promovendo ações jurídicas e campanhas de comunicação contrárias à obra.
Questionamentos sobre desenvolvimento regional
Em sua fala, o senador enfatizou que o estado do Amazonas permanece isolado em razão da falta de acesso terrestre, sendo especialmente afetado durante os períodos de seca, quando os rios ficam inavegáveis. Ele defendeu que a ausência de infraestrutura rodoviária compromete áreas essenciais como saúde, educação e escoamento de produção, prejudicando a qualidade de vida da população local.
Atuação de ONGs na esfera ambiental
De acordo com informações trazidas por Plínio Valério, uma série de entidades, incluindo o Observatório do Clima, vem recorrendo à Justiça com o objetivo de suspender licenças ambientais relacionadas à BR-319. O ministro dos Transportes, Renan Filho, também presente na audiência, informou que pelo menos três liminares já foram derrubadas em favor da continuidade das obras.
Ainda segundo o senador, outras ONGs com atuação expressiva na temática ambiental da Amazônia estariam envolvidas, entre elas Imazon, Greenpeace, WWF, Instituto Arapyaú, IPAM e SOS Amazônia. Essas organizações são apontadas como proponentes de medidas judiciais e administrativas que impactam o andamento das obras, além de articulações com órgãos como Funai e Ministério do Meio Ambiente.
Produção de conteúdo e conexões institucionais
A audiência também destacou a relação entre determinadas ONGs e meios de comunicação de menor alcance regional. Um dos veículos citados foi a Revista Cenarium, que, segundo o senador, publica com frequência reportagens baseadas em dados ou posicionamentos dessas instituições. A interconexão entre as entidades e a revista também foi mencionada em função de interações recorrentes nas redes sociais e da presença constante de personagens ligados às ONGs em matérias jornalísticas.
Fontes de financiamento
O relatório apresentado aponta que diversas ONGs receberam recursos significativos de origem internacional. A Fundação Amazonas Sustentável (FAS) teria movimentado R$ 400 milhões em 15 anos, sendo R$ 78 milhões vindos de recursos do governo da Alemanha. O Imazon, por sua vez, teria recebido mais de R$ 220 milhões entre 2007 e 2022, parte deles oriunda de entidades estrangeiras, como agências públicas da Noruega e dos Estados Unidos.
Continuidade das obras
Apesar das dificuldades, o governo federal informou que parte das obras de pavimentação segue em curso. O ministro Renan Filho anunciou a entrega de um trecho de 50 quilômetros já pavimentado no Bloco C da rodovia. Segundo ele, a execução das obras continua sendo uma prioridade do Ministério dos Transportes.
O senador Plínio Valério encerrou sua participação reafirmando sua posição em favor da reestruturação da BR-319, destacando a importância da rodovia para a integração regional e o desenvolvimento socioeconômico da Amazônia.
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Fonte: Portal Rio Madeira