PORTAL RIO MADEIRA – O ex-presidente Jair Bolsonaro passará por audiência de custódia ao meio-dia deste domingo (23), um dia após ser preso preventivamente pela Polícia Federal por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A sessão será feita por videoconferência, a partir da Superintendência da PF em Brasília, onde Bolsonaro permanece detido.
Motivo da prisão preventiva
Na decisão, Moraes apontou risco de fuga, destacando a tentativa de Bolsonaro de violar a tornozeleira eletrônica e a vigília organizada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em frente ao condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar. Para o ministro, o conjunto de fatores indicava possibilidade de evasão iminente.
Tornozeleira danificada
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do DF, responsável pelo monitoramento, o equipamento disparou alerta na madrugada de sexta (21). Bolsonaro admitiu ter usado um ferro de solda no dispositivo horas antes, alegando “curiosidade”. Moraes deu 24 horas para que a defesa se manifeste sobre a violação.
Condições de detenção
O ministro determinou que Bolsonaro receba atendimento médico permanente e que todas as visitas sejam previamente autorizadas pelo STF, exceto advogados e equipe médica particular.
Prazos processuais e risco de execução da pena
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão no processo da trama golpista. A Primeira Turma do STF rejeitou, na semana passada, os embargos de declaração que tentavam reverter a condenação.
Neste domingo (23) termina o prazo para apresentação dos últimos recursos da defesa. Caso sejam rejeitados, a execução da pena pode ser iniciada.
Tentativa de manter prisão domiciliar
Na sexta-feira, a defesa pediu prisão domiciliar humanitária, alegando problemas de saúde e necessidade de acompanhamento contínuo. O pedido foi negado por Moraes.
Os advogados afirmam que a tornozeleira foi imposta apenas para “humilhar” Bolsonaro e que não houve intento de fuga.
Outras investigações envolvendo a família Bolsonaro
O ex-presidente cumpria prisão domiciliar por descumprimento de medidas cautelares no inquérito que apura a conduta do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) na articulação com representantes do governo Trump para pressionar e retaliar autoridades brasileiras, incluindo ministros do STF.
Foto/Reprodução: imagens da internet
Fonte: Portal Rio Madeira


