PORTAL RIO MADEIRA – O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou na manhã desta quarta-feira (3) o julgamento dos réus acusados de participação no plano de golpe de Estado após as eleições de 2022. Entre eles, está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que será defendido ainda hoje, ao lado dos ex-ministros Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.
A sessão começou às 9h com a defesa do general Augusto Heleno, que afirmou ter preparado 107 slides e garantiu que usaria todo o tempo disponível, de uma hora. Em seguida, estavam previstos os pronunciamentos das defesas de Bolsonaro e dos demais ex-ministros. A sessão será encerrada às 12h para que os ministros participem da plenária da tarde, o que deve adiar os votos para a próxima semana.
Na terça-feira (2), o julgamento foi aberto pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, que leu o relatório do processo em 1h40, detalhando provas e depoimentos colhidos. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, pediu a condenação de todos os réus, afirmando que os atos denunciados são “espantosos” e não podem ser tratados como “aventuras inconsideradas” ou “devaneios utópicos”.
As defesas se alternaram em tentativas de desqualificar provas, rebater acusações e contestar a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Já a defesa do ex-ministro Anderson Torres afirmou que buscou pôr fim aos acampamentos golpistas e que a minuta encontrada em sua casa já circulava na internet antes da operação da PF.
Ao todo, oito réus integram o núcleo 1 do processo: Bolsonaro, Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio e Braga Netto. Eles respondem por crimes como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, participação em organização criminosa armada e deterioração de patrimônio tombado. As penas podem ultrapassar 40 anos de prisão.
O julgamento terá cinco sessões reservadas, com previsão de término em 12 de setembro.
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Fonte: Portal Rio Madeira