PORTAL RIO MADEIRA – Em entrevista à GloboNews nesta quinta-feira (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou ter fechado qualquer acordo com a oposição para votação de pautas defendidas por deputados envolvidos no motim da primeira semana de agosto, que paralisou o plenário por mais de 30 horas.
Motivado pelo decreto de prisão domiciliar contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, o motim resultou na ocupação da Mesa Diretora da Câmara e do Senado entre os dias 5 e 6 de agosto, com parlamentares bloqueando as atividades legislativas.
Ação sem delegação de poder
Motta afirmou categoricamente não ter delegado a terceiros — como o ex-presidente da Câmara Arthur Lira ou parlamentares do PL — prerrogativas para negociar pautas como foro privilegiado ou anistia. Ele declarou:
“Como é que eu posso validar um acordo que eu não participei? […] Não deleguei Arthur [Lira] para fazer acordo por mim, não deleguei Sóstenes para fazer acordo por mim.”
Ele reforçou ainda que qualquer discussão sobre revisão penal ou foro seguirá pelo debate formal do Colégio de Líderes e não resultará em anistia automática a envolvidos no motim.
Punição e fiscalização regimentais
Motta garantiu que as representações contra deputados que participaram do motim foram encaminhadas à Corregedoria da Câmara, que tem até 45 dias para análise antes de qualquer decisão da Mesa Diretora. Os casos seguem agora ao Conselho de Ética, podendo resultar até em suspensão de mandatos.
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Fonte: Portal Rio Madeira