PORTAL RIO MADEIRA – Um episódio de violência familiar registrado no bairro Tancredo Neves, na zona Leste da capital rondoniense, levanta sérias denúncias contra uma policial militar. Após uma briga doméstica entre irmãos, a policial — que também é irmã dos envolvidos — chegou ao local já em serviço e fardada e, em vez de proteger os envolvidos, agrediu com um tapa a própria sobrinha, filha da mulher que havia sido vítima da primeira agressão.
A jovem agredida, segundo relatos, tentava defender a mãe — uma mulher com limitações físicas e carteirinha oficial de pessoa com deficiência — que havia sido alvo de violência doméstica por outro irmão da policial. A agressão por parte da militar ocorre em um contexto de revitimização e descontrole institucional, colocando em xeque o papel da agente pública no atendimento a ocorrências envolvendo seus próprios familiares.
Segundo o filho da vítima com deficiência, a equipe policial se recusou a registrar o boletim de ocorrência, impedindo o devido registro da violência sofrida. A atuação da policial, além de pessoalmente violenta, representa um grave abuso de autoridade e desrespeito às normas de proteção à mulher e à pessoa com deficiência.
Condutas sob questionamento:
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Agressão física cometida por uma policial militar em serviço, contra familiar direto;
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A atuação parcial da agente, envolvida diretamente nos laços familiares da ocorrência;
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Suposta recusa em registrar boletim de ocorrência por parte da equipe policial.
A situação expõe um retrato alarmante de revitimização, abuso de autoridade e falência dos protocolos de atendimento a pessoas em situação de risco — especialmente mulheres e pessoas com deficiência.
O que pode acontecer:
Diante da gravidade dos fatos, é esperado que a Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Rondônia abra procedimento disciplinar para apurar a conduta da agente. O Ministério Público também pode atuar com responsabilização penal, e a Defensoria Pública deverá ser acionada para assegurar os direitos das vítimas e buscar reparação pelos danos morais e físicos.
A conduta da policial, que deveria proteger, mas optou por agredir, representa um retrocesso no combate à violência doméstica e institucional, ferindo os princípios básicos de ética, legalidade e humanidade no serviço público.
Foto/Reprodução: Portal Rio Madeira
Fonte: Portal Rio Madeira