PORTAL RIO MADEIRA – Em plena crise institucional em Rondônia, o governador Marcos Rocha (União Brasil) anunciou que não pretende retornar ao Brasil tão cedo. A declaração foi feita em vídeo divulgado nesta segunda-feira (16), direto de Israel, onde Rocha está desde o início da escalada de tensão com o Irã.
Enquanto prefeitos rondonienses deixaram o território israelense com apoio da Força Aérea Brasileira, o governador e sua comitiva – que inclui chefe de agenda, chefe de mídias e outros assessores – optaram por ficar no país em conflito, mesmo com alertas diplomáticos e a crescente instabilidade.
Rocha alegou ter “priorizado” os prefeitos, justificando que muitos estariam “doentes” ou “precisando de medicamentos”. No entanto, nenhuma das autoridades municipais relatou problemas de saúde, desmentindo o chefe do Executivo estadual.
A atitude do governador causa indignação em Rondônia, que enfrenta denúncias gravíssimas envolvendo espionagem contra adversários políticos, corrupção na Casa Civil e caos na saúde pública. O vice-governador Sérgio Gonçalves já pediu publicamente a exoneração de Elias Rezende, secretário da Casa Civil, alvo de inquérito da Draco por fraude em licitação e associação criminosa.
Denúncias do ex-secretário Junior Gonçalves e do deputado estadual Marcelo Cruz revelam um suposto esquema de monitoramento ilegal, utilizando agentes da Polícia Civil para vigiar opositores políticos. A ausência de Marcos Rocha em meio à turbulência levanta sérias dúvidas sobre sua capacidade de liderar o Estado.
Além da crise política, a população convive com superlotação e colapso no Hospital João Paulo II, enquanto o governador se mantém abrigado fora do país com gastos já estimados em R$ 430 mil em passagens e diárias.
O povo rondoniense exige respostas urgentes, transparência nos gastos públicos e o retorno imediato do chefe do Executivo, que parece mais comprometido com o exterior do que com os graves problemas enfrentados pela população de Rondônia.
Foto/Reprodução: imagens da internet
Fonte: Portal Rio Madeira/Governo de Rondônia/Polícia Civil


