PORTAL RIO MADEIRA – O confronto armado entre Israel e Irã chegou ao terceiro dia consecutivo neste domingo (15), com relatos de múltiplas ofensivas aéreas e bombardeios que já deixaram centenas de mortos e milhares de feridos. Os dois países continuam trocando ataques com mísseis, atingindo áreas residenciais e instalações estratégicas.
Mortes e destruição no Irã
Segundo o Ministério da Saúde do Irã, 224 pessoas morreram e outras 1.277 ficaram feridas em decorrência dos bombardeios israelenses desde a última sexta-feira (13). Ainda de acordo com a pasta, 90% das vítimas são civis, incluindo mulheres e crianças. Um dos ataques mais letais ocorreu em Teerã, onde a queda de mísseis destruiu um edifício residencial de 14 andares, matando ao menos 60 pessoas.
A imprensa iraniana informou ainda que o chefe de Inteligência da Guarda Revolucionária, Mohammad Kazemi, foi morto neste domingo durante uma ofensiva israelense. Outros dois altos oficiais militares iranianos — Hassan Mohaqeq e Mohsen Baqeri — também estariam entre os mortos. As primeiras ofensivas, ainda na sexta, já haviam vitimado o general Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária, e o chefe das Forças Armadas, Mohammad Bagheri.
Reações em Israel
Do lado israelense, o número de mortos subiu para 13 pessoas, segundo dados oficiais, incluindo crianças e mulheres. Um míssil lançado pelo Irã atingiu um prédio residencial em Bat Yam, nas proximidades de Tel Aviv, matando seis pessoas e ferindo 180. Outras vítimas foram registradas nas cidades de Tamra e Rehovot, onde também houve feridos e desaparecidos.
Apesar de contar com um avançado sistema de defesa antimísseis, Israel reconheceu que alguns projéteis conseguiram passar pelas barreiras de interceptação, atingindo diretamente zonas civis.
Ação militar e declarações oficiais
O governo de Israel afirmou que retomou os ataques ao Irã com o objetivo de conter o avanço do programa nuclear iraniano. Segundo o premiê Benjamin Netanyahu, boa parte do arsenal de mísseis do Irã foi destruída. A ofensiva incluiu ataques aéreos em regiões estratégicas de Teerã e instalações militares no sul do país.
Em contrapartida, o líder supremo do Irã, Ali Khamenei, declarou que os ataques israelenses representam uma violação grave, classificando-os como “erro irreparável”. A Guarda Revolucionária anunciou que continuará os lançamentos contra alvos israelenses, prometendo retaliações contínuas e afirmando que “a resposta está apenas começando”.
A TV estatal iraniana informou que um caça israelense foi abatido e que o piloto está sob custódia, mas a informação foi negada por porta-voz das Forças de Defesa de Israel.
Possível envolvimento internacional
O presidente norte-americano Donald Trump declarou em entrevista à ABC News que os Estados Unidos poderão se envolver diretamente no conflito. Ele também disse estar aberto à mediação do presidente russo, Vladimir Putin, caso os dois países aceitem dialogar.
Enquanto isso, autoridades americanas confirmaram que ajudaram Israel a interceptar mísseis disparados pelo Irã, aumentando a presença militar no Oriente Médio para monitorar a situação.
Situação atual
O conflito segue sem perspectiva de cessar-fogo. Sirenes voltaram a tocar em diversas cidades de Israel na noite deste domingo, com novas explosões sendo registradas em Tel Aviv. Equipes de resgate continuam atuando entre os escombros em busca de sobreviventes, tanto em Israel quanto no Irã.
As Nações Unidas ainda não anunciaram medidas formais para mediar a crise, enquanto cresce a preocupação com a escalada de violência no Oriente Médio e o risco de envolvimento de outras potências militares.
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Fonte: Portal Rio Madeira
