Rondônia viveu uma segunda-feira (13) marcada por ataques incendiários em cinco cidades: Porto Velho, Candeias do Jamari, Itapuã do Oeste, Mirante da Serra e Guajará-Mirim. Os ataques a ônibus, aparentemente coordenados, ocorreram em meio a uma escalada de violência e refletem a fragilidade da segurança pública no estado.
Ataques em série geram pânico
No início da tarde, criminosos mascarados interceptaram um ônibus no residencial Orgulho do Madeira, em Porto Velho, ordenaram que os passageiros descessem e atearam fogo. Testemunhas relataram que cerca de oito indivíduos participaram do ataque.
Pouco depois, ações semelhantes foram registradas nas cidades vizinhas de Candeias do Jamari e Itapuã do Oeste. À noite, Mirante da Serra e Guajará-Mirim também entraram na lista de localidades atingidas pela violência, com ônibus incendiados em áreas urbanas e rurais.
Cenário de crise na segurança pública
Os ataques ocorreram em um contexto de crescente criminalidade no estado. Recentemente, Rondônia registrou um aumento nos índices de homicídios, enquanto ações de facções criminosas têm se tornado mais frequentes. A morte de um policial militar, ocorrida dias atrás, intensificou o clima de tensão, com suspeitas de retaliação por parte de grupos organizados.
A Polícia Militar, o BPTAR e a Força Tática estão mobilizados, mas a população se sente desprotegida diante de uma resposta considerada insuficiente para conter os ataques.
Falta de efetivo agrava situação
Apesar de a segurança pública estar em colapso, o governo estadual ainda não convocou todos os aprovados no concurso da Polícia Civil de 2022. Com um efetivo insuficiente e o crescimento da criminalidade, a convocação deixou de ser uma opção e tornou-se uma necessidade urgente para o combate ao crime em Rondônia.
Desde a homologação do concurso em 2024, apenas uma turma foi chamada, insuficiente para atender às demandas de um estado que enfrenta uma verdadeira crise de segurança.
População exige medidas imediatas
Os ataques em cinco cidades e a falta de respostas concretas têm gerado revolta e sensação de abandono entre os moradores. “A violência está fora de controle. Precisamos de mais policiais e ações efetivas para combater essas facções,” desabafou um morador de Guajará-Mirim.
As autoridades seguem investigando os ataques, enquanto a população aguarda por ações firmes do governo estadual para garantir a segurança e restabelecer a ordem.
Foto/Reprodução: imagens da internet
Fonte: Portal Rio Madeira