Na manhã deste sábado (14), o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, foi detido pela Polícia Federal. A prisão foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito de investigações relacionadas a um possível plano de golpe contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos na residência de Braga Netto, no Rio de Janeiro, e de um ex-auxiliar, coronel Flávio Botelho Peregrino, em Brasília.
De acordo com a Polícia Federal, Braga Netto foi preso em Copacabana e será mantido sob custódia do Exército na Vila Militar, localizada na zona oeste do Rio de Janeiro. A investigação também aponta que ele teria tentado interferir nas apurações, especialmente buscando informações sobre a colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, antigo ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. A Procuradoria-Geral da República e o ministro do STF destacaram que a liberdade do general poderia prejudicar a coleta de provas no caso.
A defesa do general nega as acusações, afirmando que ele não participou de qualquer planejamento de golpe. A prisão ocorreu um dia após seu retorno de uma viagem, dentro do horário permitido por lei para cumprimento de mandados. O nome de Braga Netto aparece em destaque no relatório da Operação Contragolpe, que resultou no indiciamento de 36 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
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Fonte: Portal Rio Madeira