PORTAL RIO MADEIRA – Uma apuração do Ministério Público Federal (MPF) identificou um aumento alarmante de 13% no número de pistas de pouso clandestinas na região Amazônica. Segundo dados do MPF do Amazonas, em 2024 foram registradas 749 pistas irregulares, sendo 175 dentro de terras indígenas. Em abril de 2025, o número já havia saltado para 844 aeródromos ilegais.
Essas estruturas são usadas para abastecer e dar suporte à extração ilegal de ouro e outros minérios, além de servir como rota para o contrabando. O MPF destaca que grande parte dos donos de dragas no rio Madeira são de Rondônia, explorando o trecho que vai de Porto Velho (RO) até Humaitá (AM).
Além de aviões, os criminosos passaram a utilizar helicópteros irregulares para transportar garimpeiros, combustível e até o ouro retirado de forma ilegal. Diante da gravidade da situação, a procuradoria solicitou à Justiça a criação imediata de um Plano de Ação e Fiscalização.
O plano deverá prever fases de atuação e medidas de repressão contra aeródromos clandestinos em toda a Amazônia Ocidental – abrangendo os estados do Amazonas, Rondônia e Roraima. Também deverá incluir supervisão rígida do uso de aeronaves ligadas à mineração ilegal.
Entre os órgãos que devem atuar de forma integrada estão: Anac, Ibama, ICMBio, União, Ipaam (AM), Femarh (RR) e Governo de Rondônia. A ideia é que cada instituição trabalhe dentro de suas competências, mas em regime de cooperação.
Foto/Reprodução: Agência Marinha
Fonte: Portal Rio Madeira