PORTAL RIO MADEIRA – Documentos revelados pelo Metrópoles indicam que os ex-ministros Sergio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Economia) foram alertados, ainda em 2019, sobre práticas de descontos abusivos em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS — fraudes que, anos depois, se tornaram alvo da Polícia Federal na chamada “farra do INSS”.
Um ofício da Secretaria de Justiça de São Paulo, datado de 1º de agosto de 2019, mostra que Moro foi informado pelo então diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez, a respeito das irregularidades. Na ocasião, Capez também acionou o então secretário Nacional do Consumidor, Luciano Timm, e o presidente do INSS à época, Renato Vieira, alertando para “descontos abusivos realizados nos benefícios dos aposentados”.
Segundo a assessoria de Moro, após o encontro algumas entidades suspeitas de fraude foram descredenciadas.
Já Guedes tomou conhecimento do problema em abril de 2019, quando respondeu, em nome do Ministério da Economia, a um requerimento de informação feito por um deputado federal. O documento, com assinatura de Guedes, foi apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (PT) durante sessão da CPMI do INSS nesta segunda-feira (9).
Além dos alertas enviados aos ministros, o levantamento mostra que o INSS também foi comunicado por pelo menos quatro órgãos de fiscalização diferentes sobre as denúncias.
Foto/Reprodução: Estadão
Fonte: Portal Rio Madeira/Metrópoles