PORTAL RIO MADEIRA – O Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) realizou neste domingo (7) uma fiscalização em quatro hospitais gerenciados pelo Estado: João Paulo II, Hospital de Retaguarda, Cemetron e Hospital de Base Ary Pinheiro. A ação teve como objetivo avaliar a qualidade do atendimento à população e as condições de trabalho dos profissionais de saúde.
No Pronto-Socorro João Paulo II, os auditores constataram falhas graves, como a falta de medicamentos e insumos básicos, além de equipamentos de tomografia e ultrassonografia fora de funcionamento. O corpo técnico também identificou escalas médicas com profissionais ausentes, reforçando o cenário de fragilidade na unidade.
No Cemetron, os fiscais observaram avanços: organização de escalas, limpeza adequada, descarte correto de resíduos e exames laboratoriais em dia. Apesar disso, a carência de profissionais segue preocupando — na clínica feminina, por exemplo, 12 pacientes eram atendidos por apenas dois técnicos de enfermagem. Já no Hospital de Retaguarda, melhorias começaram a ser implementadas, mas ainda persistem falhas na reposição de medicamentos e falta de pessoal.
No Hospital de Base Ary Pinheiro, os problemas estruturais chamaram atenção. Camas novas já apresentavam defeitos, colchões estavam afundados e equipes de enfermagem permanecem abaixo do número necessário, especialmente na clínica de cardiologia e nas UTIs.
De acordo com o secretário-geral de Controle Externo do TCE, Marcus Cézar Filho, a fiscalização reforça a necessidade de medidas imediatas por parte da gestão estadual. Ainda nesta semana, o Tribunal se reunirá com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) para apresentar os resultados e cobrar providências. Caso as determinações não sejam cumpridas, o órgão pode representar a gestão.
As fiscalizações continuarão sendo realizadas, sempre com rigor técnico e foco social, para induzir melhorias que assegurem mais dignidade no atendimento à população e melhores condições de trabalho para os profissionais de saúde.
Foto/Reprodução: TCE/RO
Fonte: Portal Rio Madeira/Tribunal de Contas de Rondônia


