No Agosto Dourado, mês dedicado à valorização da amamentação, especialistas chamam atenção para um desafio que ultrapassa o aspecto nutricional: o impacto da depressão pós-parto (DPP) no aleitamento materno e no vínculo entre mãe e bebê.
Estudos brasileiros revelam que mães com sintomas depressivos têm 67% mais chance de interromper a amamentação exclusiva nos primeiros meses de vida do bebê, mesmo após ajustes estatísticos (PubMed). Outro levantamento reforça o alerta: filhos de mães depressivas apresentam risco aumentado de desmame já nos dois primeiros meses (PMC; PubMed). Esses achados se refletem na prática clínica, onde o desmame precoce e dificuldades no vínculo afetivo estão frequentemente associados à saúde mental fragilizada das mães.
A coordenadora do curso de Psicologia da Afya Ji-Paraná, Carine Kremer, explica que a depressão pós-parto afeta não apenas a disposição emocional, mas também a produção de leite. “Durante a depressão pós-parto, a mãe muitas vezes se sente incapaz de suprir as necessidades básicas do bebê, como higiene, alimentação e cuidados diários. Alterações hormonais e emocionais podem reduzir a produção de leite, levando ao desmame precoce. Além disso, o vínculo pode ser fragilizado por sentimentos de desamparo, angústia e insuficiência”, afirma.
Repercussões também no desenvolvimento do bebê
A influência da DPP vai além do aspecto fisiológico. Segundo a pediatra Flávia Fenali, da Afya Porto Velho, os reflexos aparecem também no comportamento infantil. “A depressão pode levar à redução da produção de leite e à dificuldade em manter a amamentação exclusiva, comprometendo o fornecimento adequado de nutrientes e imunidade. O bebê, por sua vez, pode apresentar irritabilidade, dificuldade para mamar, pouco contato visual, atraso no ganho de peso ou no desenvolvimento esperado, além de sinais de descuido nos cuidados básicos”, detalha.
Diante desse cenário, especialistas reforçam a importância do acolhimento psicológico e da escuta atenta às dúvidas das mães. A psicóloga destaca que a amamentação, por si só, já gera muitas inseguranças, intensificadas quando há sintomas depressivos. “É essencial que a mãe seja ouvida, que seus medos e questionamentos sejam acolhidos, e que profissionais de saúde possam oferecer suporte desde antes da gestação. O apoio psicológico, aliado à atuação de enfermagem, medicina, fisioterapia, nutrição e até grupos terapêuticos com outras mães, pode tornar esse processo muito mais tranquilo”, acrescenta.
Rede de apoio familiar é decisiva
A rede familiar também exerce papel decisivo, complementa a pediatra: “O bem-estar da mãe impacta diretamente nos cuidados com o bebê. Por isso, a rede de apoio deve olhar não apenas para a criança,
mas também para a saúde mental da mãe. Atitudes simples, como ajudar com a casa, preparar uma refeição ou dar banho no bebê, fazem enorme diferença para que ela se sinta amparada e consiga dedicar energia ao vínculo afetivo e à amamentação.”
Quando não tratada, a depressão pós-parto pode trazer consequências duradouras, alerta a psicóloga. “A manutenção dos sintomas pode dificultar o vínculo materno-infantil, gerar alterações cognitivas e de desenvolvimento na criança, além de interromper precocemente a amamentação.”
Sobre a Afya
A Afya, maior hub de educação e tecnologia para a prática médica no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil, e “Valor 1000” (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 – Saúde e Bem-Estar. Mais informações em http://www.afya.com.br e ir.afya.com.br.
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