PORTAL RIO MADEIRA – Deputados e senadores da oposição anunciaram nesta terça-feira (5) que vão obstruir os trabalhos legislativos no Congresso Nacional, em protesto contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), declarou que a oposição se prepara para uma reação firme. Segundo ele, os parlamentares estarão “entrincheirados com uma série de ações” que incluem a defesa da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro, o fim do foro privilegiado e o impeachment de Moraes.
Durante manifestação à imprensa na rampa do Congresso, os parlamentares apresentaram o chamado “pacote da paz”, que, segundo eles, é condição para um eventual ambiente de conciliação. Entre os pontos citados estão mudanças no foro, abertura de processo contra Moraes e avanço do projeto de anistia.
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), cobrou reação do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP). Ele reclamou da falta de diálogo e disse que senadores da oposição estão ocupando a mesa do plenário como forma de obstrução.
“É uma medida extrema, entendemos, mas faz mais de 15 dias que eu, como líder da oposição, não consigo interlocução com o senador Davi Alcolumbre”, disse Marinho a jornalistas.
Vice da Câmara quer pautar anistia
O deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), primeiro vice-presidente da Câmara, afirmou que já comunicou ao presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) que, caso assuma a presidência da Casa, colocará em pauta o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
“Já comuniquei Motta que, no primeiro momento em que eu exercer a presidência plena da Câmara, quando Motta se ausentar do país, irei pautar a anistia”, afirmou.
O projeto está parado na Câmara desde 2023 e, até o momento, não há previsão para votação da urgência. Embora a proposta atual não inclua Jair Bolsonaro, parlamentares da oposição defendem que o texto seja ampliado para restaurar os direitos políticos do ex-presidente, hoje inelegível até 2030.
A ofensiva da oposição ocorre após a mais recente decisão do STF contra Bolsonaro e em meio às tensões provocadas pelas sanções diplomáticas e tarifárias anunciadas pelo governo dos Estados Unidos. O clima no Congresso é de acirramento, com parlamentares prometendo endurecer as ações nas próximas sessões.
Foto/Reprodução: Imagens da Internet
Fonte: Portal Rio Madeira
 
			 
                                
 
                                
