ORTAL RIO MADEIRA – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (4) a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL), além de proibir visitas e autorizar a apreensão de celulares na residência do ex-presidente em Brasília. A Polícia Federal já realizou buscas e recolheu ao menos um aparelho.
Na decisão, Moraes afirmou que Bolsonaro utilizou perfis de aliados nas redes sociais, incluindo os de seus três filhos parlamentares, para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.
Um dos episódios ocorreu no domingo (4), quando o senador Flávio Bolsonaro compartilhou imagens de manifestações em apoio ao pai. Após repercussão negativa, o conteúdo foi deletado. Para o ministro, a remoção confirma a tentativa de “omitir a transgressão legal”.
Segundo Moraes, embora o ex-presidente não tenha feito postagens diretamente, ele “burlou de forma deliberada” as restrições impostas desde julho, quando medidas cautelares já haviam sido aplicadas a Bolsonaro no processo em que ele é réu por tentativa de golpe de Estado.
Essas medidas incluem o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de sair à noite ou aos fins de semana, vetos ao uso de redes sociais próprias ou de terceiros, além de impedimento de contato com embaixadas, diplomatas ou outros investigados.
Agora, com a prisão domiciliar, Bolsonaro está sujeito também a:
-
Proibição de visitas, salvo para familiares próximos e advogados;
-
Apreensão de todos os celulares disponíveis em sua casa.
A decisão ocorre em meio ao agravamento das investigações sobre a suposta tentativa de subversão democrática liderada por aliados do ex-presidente, e reflete a reação do STF às estratégias de contorno das restrições legais impostas.
Foto/Reprodução: Imagens da Internet
Fonte: Portal Rio Madeira


