PORTAL RIO MADEIRA – O Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos (USOPC) determinou que todas as federações esportivas do país proíbam a participação de mulheres trans em categorias femininas. A nova regra, divulgada discretamente no site da entidade na segunda-feira (21), atende à ordem executiva assinada pelo ex-presidente Donald Trump, intitulada “Mantendo Homens Fora dos Esportes Femininos”.
O decreto prevê o corte de recursos federais para organizações que permitirem atletas trans em disputas femininas. Em carta enviada às confederações nacionais, a CEO do USOPC, Sarah Hirshland, e o presidente Gene Sykes afirmaram que a entidade tem “obrigação de cumprir as expectativas federais”.
O USOPC supervisiona cerca de 50 federações esportivas, desde a base até o nível olímpico. A nova diretriz também pode impactar clubes locais, que precisarão ajustar seus regulamentos para manter o vínculo com o sistema olímpico norte-americano.
A mudança gerou críticas de organizações de direitos civis. Fatima Goss Graves, presidente do Centro Nacional de Direito das Mulheres, acusou o comitê de ceder a pressões políticas, prejudicando a segurança e inclusão de suas próprias atletas.
Federações como a de esgrima já adotaram a nova norma: a partir de 1º de agosto, a categoria feminina passou a ser exclusiva para pessoas do sexo feminino. A masculina agora é aberta a atletas trans, não binários, intersexo e homens cis. A natação informou que está revisando suas diretrizes.
Internacionalmente, esportes como atletismo, ciclismo e natação já vetam atletas que passaram pela puberdade masculina. O COI (Comitê Olímpico Internacional) delega às federações a responsabilidade de definir critérios de elegibilidade para as Olimpíadas, mas vem sendo pressionado por Trump a adotar regras mais rígidas — principalmente diante dos Jogos de 2028, que serão realizados em Los Angeles.
Foto/Reprodução: imagens da internet
Fonte: Portal Rio Madeira/Comitê Olímpico dos EUA