PORTAL RIO MADEIRA – A iminente aplicação de tarifas de até 50% pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, a partir de 1º de agosto, tem gerado apreensão entre produtores e setores exportadores. No entanto, parte da bancada federal de Rondônia permanece em silêncio absoluto ou adota discursos contraditórios diante da ameaça econômica.
O senador Marcos Rogério (PL-RO), mesmo presente em eventos públicos como a Expojipa e com agendas em Brasília, não se manifestou até o momento sobre a medida anunciada pelo governo norte-americano. Em suas redes sociais, não há qualquer comentário sobre os impactos para Rondônia ou o Brasil.
Já o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil-RO) optou por focar em projetos de visibilidade, como a proposta de fornecimento do remédio Mounjaro pelo SUS — de alto custo e viabilidade limitada nas atuais condições do sistema de saúde — ignorando completamente o tema das tarifas.
Deputados estiveram na posse de trump e evitam confronto com política americana
Assim como Máximo, o deputado Coronel Crisóstomo (PL-RO) esteve na posse de Donald Trump nos EUA, em janeiro deste ano. Apesar de afirmar que custeou a viagem com recursos próprios, o parlamentar tem feito postagens sugerindo que as sanções econômicas podem servir como instrumento político para pressionar o governo brasileiro por uma anistia aos acusados dos atos de 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A conexão entre o tarifaço americano e a pauta ideológica de anistia tem sido mal recebida por produtores e analistas políticos, que veem na postura de Crisóstomo um possível uso político-eleitoral de uma crise econômica internacional.
Rondônia pode ser afetada diretamente pelas sanções
As tarifas impostas pelos EUA afetam setores onde o Brasil é protagonista, como carne suína, calçados, suco de laranja e café — segmentos com crescimento relevante também em Rondônia. Exportadores, cooperativas e agricultores aguardam uma reação institucional que não está vindo de parte dos representantes do estado.
Falta de posicionamento pode custar caro
A postura da bancada federal, especialmente de Marcos Rogério, Fernando Máximo e Coronel Crisóstomo, reforça a desconexão entre Brasília e o campo rondoniense, em um momento que exige ações diplomáticas e articulações políticas firmes.
Enquanto a economia sangra, parte dos representantes de Rondônia opta pelo silêncio estratégico ou discursos ideológicos que ignoram os impactos reais no bolso do cidadão.
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Fonte : Portal Rio Madeira


