PORTAL RIO MADEIRA – Profissionais da saúde realizaram, na manhã desta terça-feira (15), um ato de paralisação em frente ao Hospital e Pronto-Socorro João Paulo II, em Porto Velho. A manifestação foi motivada por uma portaria recente da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que prevê mudanças administrativas em unidades de saúde e gerou receio de uma possível terceirização dos serviços públicos.
Com cartazes e palavras de ordem, trabalhadores protestaram exigindo esclarecimentos sobre a medida, que também abrange a Assistência Médica Intensiva (AMI) e o Hospital de Retaguarda (antigo Regina Pacis).
Trabalhadores temem perda de autonomia e possível enfraquecimento do SUS
A principal reivindicação dos manifestantes foi a garantia de que os serviços permanecerão públicos e sob gestão estatal. Participaram do ato enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos e servidores de diversas unidades afetadas pela nova diretriz. Segundo os organizadores, a portaria foi publicada sem diálogo prévio com a categoria e sem ampla divulgação à população.
Nas redes sociais e entre os sindicatos, a preocupação com a medida vinha ganhando força desde o fim de semana.
Governo nega privatização e defende medidas como avanço na gestão
Em entrevista concedida na segunda-feira (14), o secretário estadual de Saúde, Jefferson Rocha, negou que a proposta envolva terceirização ou privatização dos hospitais públicos. De acordo com o gestor, a intenção do governo é modernizar a gestão hospitalar, acelerar contratações e simplificar processos burocráticos.
“O atendimento continuará sendo feito via Sistema Único de Saúde (SUS). A porta de entrada é o SUS, o serviço permanece no SUS. Não haverá privatização”, afirmou o secretário, reforçando que o objetivo é melhorar a qualidade da assistência.
Categoria pede mais transparência e abertura ao diálogo
Apesar das explicações oficiais, os servidores afirmam que a proposta levanta dúvidas e pedem transparência no processo de mudança, além de participação ativa nas decisões que impactam diretamente as condições de trabalho e o atendimento à população. O movimento classifica a medida como uma possível privatização indireta, e outros protestos não estão descartados.
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Fonte: Portal Rio Madeira