PORTAL RIO MADEIRA – A Polícia Civil de Rondônia, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO 2), deflagrou na manhã desta terça-feira (15) a 4ª fase da Operação “Escudo de Cinzas”, com o objetivo de cumprir medidas cautelares criminais contra uma associação criminosa investigada por fraudes envolvendo o sistema de controle ambiental SisDOF.
A ação contou com o apoio do Ministério Público do Estado de Rondônia, por meio do GAEMA e GAECO, além da participação técnica da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (SEDAM).
Investigação aponta uso de empresas fictícias e documentos falsificados
De acordo com as apurações, o grupo utilizava empresas de fachada e interpostas pessoas para criar créditos fictícios de madeira, simulando legalidade na origem de produtos vegetais extraídos de forma irregular. A investigação identificou movimentações suspeitas no sistema SisDOF, como transferências de volumetria incompatíveis, cadastros empresariais forjados, uso de documentação falsa e registros digitais com inconsistências.
Segundo a Polícia Civil, essas práticas tinham como objetivo driblar os mecanismos de fiscalização ambiental, facilitando a inserção de madeira extraída ilegalmente no mercado e gerando lucros indevidos.
Ação foi realizada em seis municípios e mobilizou 120 agentes públicos
A operação cumpriu 29 medidas cautelares em diferentes municípios de Rondônia — Porto Velho, Ariquemes, Buritis, Jaru e Vilhena — além de Sorriso, no estado do Mato Grosso. Foram realizadas buscas e apreensões, além de quebras de sigilo, atingindo mais de 20 pessoas físicas e jurídicas envolvidas com o esquema.
Operação visa reprimir crimes ambientais e econômicos
A Polícia Civil informou que aproximadamente 120 servidores públicos estiveram envolvidos diretamente na execução das diligências, reforçando o compromisso institucional com o combate a crimes ambientais organizados e à corrupção no setor florestal. O nome da operação, “Escudo de Cinzas”, faz referência ao uso de fogo como tentativa de destruir provas e ocultar a exploração ilegal de recursos naturais.
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Fonte: Portal Rio Madeira