PORTAL RIO MADEIRA – O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) determinou que 60 jovens de Rondônia, com idades entre 14 e 20 anos, retornem ao estado de origem após a interdição de um alojamento insalubre em Pedro de Toledo, interior paulista. Os adolescentes haviam se mudado para São Paulo com o sonho de se tornarem jogadores de futebol, mas foram encontrados em condições degradantes, sem estrutura mínima para moradia.
Vigilância Sanitária interdita alojamento
A Vigilância Sanitária de Pedro de Toledo realizou uma inspeção no local e interditou o imóvel, alegando falta de autorização para funcionamento, além de condições precárias, como lixo espalhado, janelas quebradas e infraestrutura inadequada.
O local, que antes funcionava como uma clínica para dependentes químicos, havia sido transformado em alojamento para os jovens, que viajaram três dias de ônibus de Rondônia para tentar vaga em um time de futebol em formação.
Conselho Tutelar denuncia situação de abandono
O Conselho Tutelar de Pedro de Toledo recebeu denúncias e, ao vistoriar o alojamento, confirmou as condições precárias. A conselheira Claudinéia Ferreira dos Santos descreveu o cenário alarmante:
“Não tinha cama para todos. As beliches ainda estavam sendo montadas e estava tendo reforma dentro da casa. Eles estavam vivendo de forma muito precária.”
O Ministério Público acionou a assistência social e a Polícia Militar, e determinou a desocupação imediata do imóvel.
Pais pagavam mensalidade para manter filhos no alojamento
Os responsáveis pelos jovens relataram que pagavam mensalidades para cobrir custos com alimentação e higiene, confiando na estrutura do local. No entanto, a realidade encontrada foi de total abandono, sem condições mínimas para moradia.
A vereadora Neuracy Montanagna (PL), que acompanhou a ação, afirmou que os jovens estavam até tentando se matricular nas escolas locais, mas a cidade não estava preparada para absorver essa demanda.
Investigação e retorno dos jovens a Rondônia
O responsável pelo alojamento afirmou ter confiado na documentação fornecida pelo proprietário do imóvel e preferiu não conceder entrevista.
Agora, as autoridades estão organizando o retorno dos jovens para Rondônia e investigando possíveis irregularidades na captação e transporte dos adolescentes. O MP-SP segue acompanhando o caso e pode responsabilizar os envolvidos.
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Fonte: Portal Rio Madeira