A concessão da hidrovia do rio Madeira, aprovada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) em junho de 2024, continua sem sair do papel. O edital para o leilão, que deveria ter sido publicado em dezembro passado, ainda não foi oficializado até esta quarta-feira (8), gerando dúvidas sobre o andamento do projeto.
O plano aprovado previa a concessão de um trecho de 1.075 km, ligando Porto Velho, em Rondônia, à foz do rio Madeira, no estado do Amazonas. Em 2024, a Antaq determinou que os autos do projeto fossem encaminhados ao Ministério de Portos e Aeroportos, liderado por Silvio Costa Filho (Republicanos), para dar seguimento às etapas necessárias.
Benefícios e desafios do projeto
A justificativa para o plano destaca que as vias navegáveis oferecem vantagens significativas para o transporte de cargas em um país com dimensões continentais como o Brasil. Entretanto, o setor ainda enfrenta restrições estruturais que dificultam o desenvolvimento pleno da logística hidroviária.
O projeto inclui intervenções importantes, como:
- Dragagem e derrocagem: Para adequação dos trechos navegáveis.
- Balizamento e sinalização: Garantindo maior segurança e eficiência para as embarcações.
- Investimentos: Um total estimado de R$ 109 milhões para execução das obras e melhorias.
Uma das propostas centrais é que a concessionária só começaria a cobrar tarifas pela movimentação de cargas após iniciar a prestação efetiva dos serviços. A tarifa seria aplicada apenas ao transporte de cargas, excluindo passageiros.
Expectativas frustradas
O atraso na publicação do edital levanta preocupações sobre o futuro do projeto, que é essencial para integrar economicamente as regiões Norte e Centro-Oeste, promovendo eficiência no transporte de commodities como soja, milho e outras cargas agrícolas. A demora também impacta investidores que aguardam definições para planejar seus negócios.
O Ministério de Portos e Aeroportos ainda não se manifestou sobre o atraso, enquanto especialistas alertam para a necessidade de agilidade para evitar prejuízos ao setor logístico.
Foto/Reprodução: Silas Laurentino
Fonte: Portal Rio Madeira