Uma história de amor, afeto e luta marcou a vida de Gustavo Simão Kaxarari, de 22 anos, que finalmente conseguiu incluir o nome de seu pai de criação, Genildo Kaxarari, em sua certidão de nascimento. Nascido em Rio Branco, no Acre, Gustavo cresceu sob os cuidados e ensinamentos de Genildo, seu pai de coração, no coração da floresta amazônica, nas fronteiras entre Rondônia, Acre e Amazonas. Entre as árvores e os rios, aprendeu lições que não vêm de livros, mas da vivência ao lado daquele que sempre o considerou um filho.
A conquista foi alcançada por meio de uma ação itinerante do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), realizada em Extrema, um distrito de Porto Velho. Sem esse apoio, a distância seria um obstáculo difícil de vencer para a família, que há anos buscava a inclusão do nome de Genildo na documentação de Gustavo. “Meu pai não me deu a vida, mas me preparou para viver. É o nome dele que quero que meus filhos levem adiante,” diz Gustavo, emocionado, ao comentar sobre a realização desse sonho.
Genildo casou-se oficialmente com a mãe de Gustavo em 2014, formalizando uma união que, para o jovem, já era uma realidade desde a infância. Com o registro agora atualizado, Gustavo celebra a continuidade do nome Kaxarari, um símbolo do legado e dos valores transmitidos por Genildo, que agora se tornarão herança para as próximas gerações.
Essa decisão representa muito mais que uma conquista judicial para a família Kaxarari: é o reconhecimento de um vínculo de alma, forjado no dia a dia, em cada ensinamento transmitido e em cada passo trilhado lado a lado na floresta.
Foto/ Reprodução:TJRO
Fonte: Portal Rio Madeira