O Pronto Socorro João Paulo II, em Porto Velho, foi destacado no programa Domingo Espetacular da TV Record como o pior hospital do Brasil. A reportagem exibida no domingo (14) revelou a realidade caótica do hospital, com pacientes aguardando cirurgias, falta de médicos e equipamentos, além de superlotação e condições insalubres.
A crise no hospital, que há anos afeta os moradores de Rondônia, ganhou visibilidade nacional. A reportagem entrevistou pacientes enfrentando longas esperas por cirurgias, muitos deles acomodados de forma inadequada em macas, cadeiras e até no chão sem colchão, evidenciando a superlotação da unidade.
“Um pronto-socorro que não pode ser chamado de pronto-socorro, porque não tem ventilação, não tem luminosidade, não tem a menor condição de funcionamento”, afirmou Hiran Gallo, presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), à reportagem. A entidade classificou o hospital como o pior do país em 2011, uma avaliação que permanece inalterada.
A matéria também mencionou o projeto de construção do novo Hospital de Urgência e Emergência do Estado (Heuro), cujas obras deveriam ter começado há dois anos, mas que até o momento não saíram do papel, agravando o sofrimento dos moradores locais. Pela segunda vez, as licenças para a construção do hospital foram suspensas. A Prefeitura de Porto Velho informou que prazos e exigências não foram cumpridos pela empresa responsável pela obra.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) manifestou-se por nota, informando que instaurou um processo administrativo e aplicará multas contra a empresa responsável devido ao atraso na obra. A Sesau também justificou que algumas cirurgias ortopédicas, como as de quadril e fêmur, exigem maior tempo de espera devido à necessidade de produção de próteses sob medida.
Procurado pela reportagem, o ex-secretário de saúde Fernando Máximo, atualmente deputado federal por Rondônia, não quis gravar entrevista. Em nota, sua assessoria de imprensa informou que ele deixou a Secretaria há 27 meses, e que, após ele, já passaram outros dois secretários. Portanto, não cabe a ele emitir informações sobre a evolução da obra.
Confira a reportagem completa:
Foto: Reprodução / TV Record