PORTAL RIO MADEIRA – A rede varejista Havan registrou uma redução de mais de 50% nos furtos dentro de suas lojas em um período de cerca de oito meses, após adotar uma estratégia polêmica: publicar vídeos com flagrantes de pessoas tentando furtar produtos, exibindo seus rostos nas redes sociais.
Com o slogan “Quem não quer aparecer aqui, é só não furtar”, a campanha intitulada “Amostradinhos do Mês” viralizou na internet, alcançando média de 25 milhões de visualizações por vídeo e gerando grande engajamento do público. O sucesso motivou outras redes e pequenos comércios a adotar práticas semelhantes de exposição.
No entanto, a iniciativa acabou sendo barrada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), que acionou a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD). O órgão federal apontou que a divulgação das imagens poderia violar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), já que mostrava o rosto de suspeitos sem decisão judicial.
Em julho deste ano, a ANPD determinou a retirada imediata dos vídeos, sob pena de multa de até R$ 50 milhões, até que o caso fosse totalmente apurado.
Após a suspensão da campanha, a Havan informou que houve novo aumento nos casos de furtos, reforçando a discussão sobre os limites legais e éticos na exposição pública de criminosos e o impacto das redes sociais no combate à criminalidade.
Foto/Reprodução: Redes Sociais
Fonte: Portal Rio Madeira