PORTAL RIO MADEIRA – A Assembleia Legislativa de Rondônia aprovou, em 27 de agosto, a Lei nº 6.141/2025, que garante aos servidores comissionados de alto escalão dois novos auxílios milionários.
Os novos benefícios
Auxílio-transporte (30%) → R$ 7.050,00 mensais
Auxílio-manutenção pessoal (20%) → R$ 4.700,00 mensais
Somados, cada servidor beneficiado terá direito a R$ 11.750,00 extras por mês, o que representa R$ 141 mil por ano em benefícios individuais.
O peso no bolso do contribuinte
25 Chefes de Gabinete: R$ 3,5 milhões por ano
26 servidores do Gabinete de Emendas: R$ 3,6 milhões por ano
Demais cargos da cúpula administrativa (8 funções): R$ 1,1 milhão por ano
➡️ Custo anual estimado: R$ 8.319.000,00 — valor suficiente para reformar dezenas de escolas ou equipar hospitais inteiros.
Professores em greve ficam com migalhas
Enquanto isso, os professores da rede estadual, que amargam salas de aula superlotadas e salários defasados, passaram meses em greve reivindicando um reajuste médio de apenas 20% — o que daria entre R$ 600,00 e R$ 1.200,00 mensais de aumento para docentes com vencimentos entre R$ 3 mil e R$ 6 mil.
A comparação é brutal: um único auxílio mensal de um comissionado da ALE equivale a quase quatro vezes o salário integral de um professor iniciante.
Desigualdade escancarada
Enquanto a educação sofre e a saúde pública agoniza, a Assembleia Legislativa garante para si um “pacote de privilégios” que eleva salários da cúpula em até 50%, blindando os gabinetes com recursos milionários.
Na prática, os novos auxílios criam uma ilha de prosperidade dentro do poder legislativo, deixando claro que, em Rondônia, o luxo da política avança na mesma velocidade em que o professor continua lutando por migalhas.
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Fonte: Portal Rio Madeira