PORTAL RIO MADEIRA – O youtuber e influenciador digital Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, viralizou nas redes sociais após publicar um vídeo denunciando casos de “adultização” e “sexualização precoce” de crianças e adolescentes em conteúdos online. A gravação, que já ultrapassa 13 milhões de visualizações em dois dias, cita nominalmente o influenciador Hytalo Santos, que soma mais de 17 milhões de seguidores.
Segundo Felca, vídeos produzidos por Hytalo apresentam situações que expõem menores de idade a comportamentos e contextos associados ao mundo adulto, o que pode atrair criminosos e pedófilos. Ele destacou, por exemplo, o caso de Kamylinha, jovem que participa de conteúdos desde os 12 anos, com participação em danças sensuais, interações amorosas e festas com adultos.
Em um trecho exibido no vídeo, Felca mostra uma cena na qual dois menores estão deitados sob um cobertor, e um adulto retira a proteção, revelando roupas íntimas dos adolescentes. Ele classificou o episódio como alarmante.
Hytalo Santos, criador da “Turma do Hytalo” — grupo de jovens em situação de vulnerabilidade aos quais oferece moradia, apoio financeiro e acesso à educação — teve seu perfil desativado das redes após a repercussão das denúncias. O caso também ganhou apoio e comentários de figuras públicas, como o deputado Nikolas Ferreira e o influenciador Felipe Neto.
O que é adultização infantil
De acordo com especialistas e entidades como a Fundação Abrinq, o termo se refere à antecipação de comportamentos, responsabilidades ou aparências típicos da vida adulta em crianças. Esse fenômeno pode ocorrer por meio de roupas, músicas, maquiagem e até conteúdos nas redes sociais, muitas vezes sem que haja compreensão plena dos impactos sobre o desenvolvimento emocional e social dos menores.
O que diz a lei
A Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) garantem proteção integral ao desenvolvimento físico, emocional e moral de crianças e adolescentes. Produzir ou divulgar conteúdos que possam ferir esses direitos pode gerar responsabilização civil e criminal para produtores, plataformas e responsáveis legais.
Foto/Reprodução: Imagens da Internet
Fonte: Portal Rio Madeira