PORTAL RIO MADEIRA – O senador Marcos do Val (Podemos-ES) começou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica após chegar ao Brasil, na última sexta-feira (2), vindo dos Estados Unidos. A medida foi executada por agentes da Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Brasília, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Após desembarcar, o parlamentar foi encaminhado ao Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME), órgão ligado à Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, onde foi realizada a instalação do dispositivo.
Decisão judicial impõe restrições
A decisão judicial prevê que Marcos do Val deve permanecer em sua residência das 19h às 6h em dias úteis, além de recolhimento integral aos finais de semana, feriados e dias de recesso. Também foi determinada a proibição de uso das redes sociais, tanto diretamente quanto por meio de terceiros.
Além disso, o senador teve bloqueios impostos sobre contas bancárias, salários, chaves Pix e outros bens, como parte das medidas cautelares. Seu passaporte diplomático foi recolhido pelas autoridades durante o cumprimento da ordem judicial.
Viagem ocorreu mesmo após pedido negado
Em 15 de julho, o senador solicitou autorização ao STF para realizar uma viagem com a família a Orlando, na Flórida. O pedido foi indeferido por Moraes no dia seguinte. Mesmo assim, Marcos do Val anunciou nas redes sociais, no dia 24 de julho, que estava em território norte-americano.
Durante uma transmissão ao vivo, ele afirmou estar de férias com a família e exibiu diversos passaportes, incluindo o diplomático, um europeu, dois norte-americanos e o brasileiro. O passaporte civil havia sido bloqueado judicialmente desde agosto de 2023.
Investigações seguem em curso
Marcos do Val é alvo de apuração por suspeita de envolvimento em tentativa de interferência no processo eleitoral de 2022, bem como por ofensas a agentes da Polícia Federal envolvidos em investigações no STF.
O gabinete do senador em Brasília, onde o passaporte diplomático teria sido mantido, não foi alvo de buscas pela PF. Em fases anteriores da investigação, houve o bloqueio judicial de até R$ 50 milhões em ativos do parlamentar, além de mandados de busca e apreensão em seus endereços.
Outros envolvidos nos inquéritos, como os blogueiros Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio, tiveram prisões preventivas decretadas por Moraes, mas as medidas não foram cumpridas por estarem fora do país.
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Fonte: Portal Rio Madeira