PORTAL RIO MADEIRA – A proposta de terceirizar os serviços da Companhia de Água e Esgoto de Rondônia (Caerd) enfrenta crescente resistência. A empresa cotada para assumir o sistema, a Aegea Saneamento e Participações S/A, acumula denúncias graves em diversos estados brasileiros, onde atua sob o mesmo modelo de concessão.
Nos estados do Piauí, Rio Grande do Sul e Amazonas, a empresa é alvo de críticas por reajustes abusivos, serviços precários, descumprimento contratual e até investigações formais. Em Manaus, uma CPI foi instaurada pela Câmara Municipal para apurar falhas nos investimentos, baixa qualidade da água e desigualdade no atendimento.
Em Ariquemes (RO), onde a Aegea já presta serviços, moradores relatam fornecimento de água barrenta, multas indevidas e constantes interrupções. A revolta popular levou também à criação de uma CPI local na Câmara de Vereadores.
No Rio Grande do Sul, mais de 150 reclamações estão em análise pela Defensoria Pública e Ministério Público, envolvendo desde a troca injustificada de hidrômetros até falhas nas medições de consumo e aumento nas tarifas. Em audiência pública, deputados estaduais alertaram para o descumprimento de metas contratuais.
A situação é ainda mais crítica no Piauí, onde a Aegea assumiu os serviços em todos os 224 municípios. Segundo relatos, a empresa teria feito ofertas agressivas para vencer a licitação, mas não entregou os serviços prometidos dentro dos prazos e padrões estabelecidos.
Diante do cenário nacional e do histórico problemático da concessionária, crescem os apelos para que o Governo de Rondônia reveja o processo de terceirização da Caerd. Autoridades e órgãos de controle devem levar em conta os alertas antes de avançar com a concessão.
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Fonte: Portal Rio Madeira