PORTAL RIO MADEIRA – Imagens gravadas por uma moradora de Candeias do Jamari neste sábado (24) mostram o avanço da erosão na base da ponte sobre o rio Candeias, em trecho da BR-364. As imagens, que circularam amplamente nas redes sociais, revelam a gravidade do desbarrancamento na fundação da estrutura, agravado pela queda no nível do rio, o que tornou os danos visíveis.
A situação reforça os alertas feitos por residentes da região desde 2023, que vêm denunciando a extração ilegal de areia próxima às fundações da ponte. A prática irregular estaria comprometendo a integridade das estruturas que ligam Porto Velho ao Acre.
Estrutura danificada e risco de isolamento
A ponte principal apresenta rachaduras significativas no vão central e, segundo moradores, a possibilidade de colapso não pode ser descartada. Em função dos danos, o tráfego de veículos tem sido desviado para uma ponte auxiliar mais antiga, situada ao lado da estrutura principal, que também registra desgaste em sua base.
Para minimizar o impacto do peso sobre a ponte secundária, o DNIT adotou o sistema “pare e siga”, controlando o fluxo de veículos. A medida reduz a sobrecarga na estrutura, mas tem causado lentidão e congestionamentos, afetando o deslocamento de moradores e o escoamento de mercadorias na região.
Denúncias sobre extração de areia
A extração de areia em áreas próximas à ponte tem sido alvo de reclamações frequentes por parte da comunidade. Segundo moradores, as atividades ocorrem a menos de dois quilômetros do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), órgão com atribuição fiscalizadora.
Na última terça-feira (20), vídeos enviados por populares ao portal Rondoniaovivo mostraram que a remoção de areia continua ativa, mesmo sem regulamentação por parte da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam). Os registros apontam que a prática ocorre tanto durante o dia quanto à noite.
Medidas e manifestações populares
No início de maio, moradores da região metropolitana de Porto Velho realizaram um protesto com bloqueio da BR-364, como forma de chamar a atenção para os riscos envolvidos. Apesar da manifestação, até o momento, nenhuma medida concreta foi anunciada pelas autoridades para coibir a atividade clandestina ou recuperar os danos na estrutura da ponte.
O Ministério Público Federal (MPF) já havia emitido recomendação ao DNIT sobre a necessidade de ação preventiva, o que levou à adoção do sistema de tráfego controlado, mas as ações de fiscalização ambiental seguem pendentes.
Foto/Reprodução: imagens da internet
Fonte: Portal Rio Madeira