PORTAL RIO MADEIRA – O brasileiro Cassio Massawer Montenegro, responsável pelo ataque armado ao Consulado do Brasil em Ciudad del Este, no Paraguai, na tarde de quinta-feira (3), havia tentado se lançar como pré-candidato a vereador em Foz do Iguaçu (PR). Segundo dirigentes partidários locais, ele manifestou interesse em concorrer pelo partido Republicanos, mas teve a proposta rejeitada durante as convenções internas da legenda.
Ataque à sede diplomática e suicídio
O caso ocorreu por volta do início da tarde, quando Cassio invadiu o consulado armado e disparou contra Prima Felícia Benitez Cantuni, de 78 anos, assessora jurídica do órgão. A vítima foi atingida no braço esquerdo e levada a uma unidade de saúde. Em seguida, o agressor teria também atirado contra um segurança e, minutos após sair do prédio, retornou ao local e tirou a própria vida com um tiro na boca, do lado de fora da sede diplomática.
Candidato recusado por partido
O presidente do diretório municipal do Republicanos em Foz do Iguaçu, vereador Ranieri Machioro, confirmou que Cassio chegou a expressar publicamente o desejo de disputar uma vaga no legislativo municipal, mas que seu nome não foi homologado durante a convenção partidária, o que impediu o registro oficial de sua candidatura.
Cassio utilizava suas redes sociais para se apresentar como pré-candidato e chegou a divulgar vídeos promovendo sua imagem como figura política local.
Carta escrita e investigações em andamento
A Polícia Nacional do Paraguai encontrou com ele uma carta manuscrita em português, na qual o autor do ataque afirmava não suportar mais sua dor. No bilhete, Cassio pediu para ser sepultado ao lado do pai e solicitou que seus bens fossem repartidos entre a mãe e os irmãos.
As autoridades paraguaias ainda não determinaram a motivação específica do ataque à funcionária consular, e as investigações seguem sob responsabilidade das forças de segurança locais. A vítima permanece hospitalizada, sem risco de morte.
Foto/Reprodução: imagens da internet
Fonte: Portal Rio Madeira