PORTAL RIO MADEIRA – O entregador Cris Ferreira, de 25 anos, entrou com uma ação judicial contra o Porto Velho Shopping após denunciar que foi seguido repetidamente por seguranças enquanto realizava entregas no local. O caso também foi registrado na Polícia Civil.
De acordo com o motoboy, que atua há seis anos em Porto Velho, a abordagem dos seguranças foi discriminatória. “Me senti um ladrão naquela hora. Disseram que era proibido a entrada de motoboy, sendo que meus amigos entram e retiram produtos normalmente”, desabafou.
Cris afirma que sempre entra no shopping com autorização das lojas, pois muitas empresas não levam os pedidos até a área externa, exigindo que os entregadores entrem para concluir o serviço. No entanto, ele relata que, nas últimas semanas, passou a ser vigiado e abordado constantemente, chegando a ser acusado de vender marmitas dentro do shopping.
Um dos episódios foi gravado em vídeo e divulgado nas redes sociais. Nele, o entregador afirma que entrou no local a pedido do cliente e acabou sendo seguido até a loja. “Um deles tentou me segurar pelo braço. Aí decidi registrar boletim de ocorrência e acionar a Justiça”, relatou.
O entregador pede R$ 30 mil de indenização por danos morais.
Versão do shopping
Em nota, o Porto Velho Shopping informou que não foi notificado oficialmente da ação judicial, mas alegou que o entregador descumpriu os protocolos internos de entrega. Segundo o shopping, ele foi orientado a realizar a entrega no local correto e, ao não obedecer, foi “acompanhado” pelos seguranças até a loja para identificação.
A administração ainda afirma que o procedimento adotado seguia os protocolos estabelecidos e que nenhum excesso foi cometido pela equipe de segurança.
O caso segue em trâmite judicial.
Foto/Reprodução: imagens da internet
Fonte: Portal Rio Madeira/g1