PORTAL RIO MADEIRA – Ana Clara Marquezini foi condenada a 23 anos de reclusão em regime fechado por envolvimento no homicídio do ex-namorado, Carlos Júnior — conhecido como “Juninho Laçador” — ocorrido em dezembro de 2022 em Vilhena (RO). A decisão do júri foi proferida nesta semana e encerra a terceira fase do processo criminal que também já havia levado à condenação os dois executores do crime.
Pena reduzida por critério legal
Segundo o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), a pena inicial aplicada à acusada foi de 24 anos, mas houve redução de um ano em razão da idade da ré, conforme previsto no Código Penal. A condenação foi por homicídio duplamente qualificado, o que impede que ela recorra em liberdade. O julgamento foi realizado no município onde ocorreu o crime.
Dinâmica do crime e relato das testemunhas
O caso teve repercussão estadual. Carlos Júnior foi assassinado com 11 tiros enquanto estava dentro de um carro, na frente de um haras, acompanhado de um colega, Carlos Marinho, que também foi baleado e ficou gravemente ferido. Marinho prestou depoimento como testemunha durante o julgamento e relatou os momentos antes do ataque. Ele passou mais de duas semanas hospitalizado na época.
A mãe da vítima contou que os dois jovens estavam há apenas quatro dias trabalhando no local quando foram surpreendidos pelos disparos. O sobrevivente relatou que tudo aconteceu de forma repentina e violenta.
Outros condenados no caso
Em novembro de 2024, Kaio Cabral da Silva Pinho, apontado como o autor dos disparos, foi sentenciado a 25 anos e 8 meses de prisão. Já Fellype Gabriel da Silva, também envolvido na execução, recebeu pena de 23 anos, ambos também em regime fechado.
As investigações indicaram que Ana Clara teria ordenado o crime por não aceitar o fim do relacionamento com Juninho, que havia iniciado um novo namoro. A acusação sustentou que mensagens e depoimentos dos coautores comprovariam a motivação passional do homicídio.
Defesa contesta decisão
A defesa da ré alegou que a cliente foi prejudicada por informações imprecisas divulgadas ao longo do processo, o que teria influenciado o julgamento. Também afirmou que os depoimentos utilizados como base para a condenação seriam inconsistentes. Os advogados anunciaram que irão recorrer da sentença junto às instâncias superiores.
A ré não foi julgada junto aos outros envolvidos em 2024 porque, segundo o TJ-RO, seu advogado apresentou um atestado médico justificando o adiamento por motivo de saúde.
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Fonte: Portal Rio Madeira