PORTAL RIO MADEIRA – Pesquisadores da Universidade Federal de Rondônia (UNIR) emitiram um alerta à população de Porto Velho sobre os perigos associados ao consumo de peixes capturados em igarapés urbanos, especialmente após o aumento do volume das águas provocado pelas chuvas intensas registradas nas últimas semanas.
Contaminação e riscos à saúde
De acordo com a professora Carolina Doria, os igarapés que transbordaram em áreas urbanas estão contaminados por efluentes domésticos, lixo urbano e outros poluentes, o que compromete a qualidade da água e a segurança do pescado. A docente ressalta que os peixes desses locais podem conter parasitas prejudiciais à saúde, como nematoides e protozoários, que oferecem risco de doenças intestinais e outras complicações, especialmente se os alimentos forem consumidos sem o devido preparo.
Pesquisas apontam presença de parasitos
Dados da pesquisa de mestrado da bióloga Taiane Nunes, também da UNIR, apontam a presença de agentes parasitários em peixes coletados em trechos urbanos dos igarapés. O estudo evidenciou que esses peixes atuam como vetores mecânicos de endoparasitoses, indicando a alta carga de contaminação das águas devido à ausência de tratamento de esgoto.
Recomendações e medidas preventivas
Diante do cenário, a orientação dos pesquisadores é de que a população evite atividades de pesca ou consumo de pescado proveniente de áreas alagadas, aguardando a estabilização das condições sanitárias. Segundo Carolina, a recomendação visa à proteção da saúde pública e à conscientização sobre os riscos não visíveis que acompanham períodos de enchentes.
Ações de conscientização e infraestrutura
O secretário municipal de Meio Ambiente, Vinícius Miguel, reforçou a necessidade de colaboração popular com as orientações dos órgãos competentes e destacou que o enfrentamento dessa problemática passa pela melhoria do saneamento básico e preservação dos recursos hídricos. Ele também defendeu o fortalecimento de políticas públicas voltadas à educação ambiental e infraestrutura sanitária.
Foto/Reprodução: imagens da internet
Fonte: Portal Rio Madeira
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