Na última terça-feira (6), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de Rondônia ouviu o depoimento de Paulo Sérgio Costa Lima, servidor da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), que negou a autenticidade de assinaturas atribuídas a ele em relatórios para a criação de unidades de conservação estaduais, incluindo as reservas Limoeiro e Soldado da Borracha. Estas reservas foram estabelecidas ao final do governo Confúcio Moura (MDB), hoje senador, e estão sendo investigadas por supostas falhas nos processos de criação.
Durante a sessão, Costa Lima declarou que seu papel nos estudos se limitou a suporte logístico, como transporte e fornecimento de alimentos, sem participação direta nas análises ambientais. Ele também refutou ter conhecimento técnico para validar relatórios ambientais, afirmando que apenas dois profissionais, Priscila Rocha e Oswaldo Castro, estavam envolvidos nos estudos, embora Rocha já tenha negado, em depoimento anterior, sua participação nas análises. Essa discrepância levantou suspeitas entre os deputados sobre a veracidade dos documentos apresentados pela Sedam.
A CPI, liderada pelos deputados Pedro Fernandes, Lucas Torres e Alex Redano, decidiu prosseguir com as investigações e convocar novos depoimentos de outros funcionários da Sedam para esclarecer a suposta falta de rigor técnico nos estudos. A próxima audiência ocorrerá em 18 de novembro, com a expectativa de aprofundar o exame das bases legais que sustentaram a criação das áreas protegidas, visando esclarecer possíveis impactos negativos sobre as comunidades locais e o manejo sustentável das reservas.
Foto/ Reprodução: imagens da internet / Antônio Lucas – SECOM ALE/RO
Fonte: Portal Rio Madeira