Depois de meses com mínimas recordes, o rio Madeira voltou a ultrapassar a marca de um metro neste domingo (3), representando uma recuperação gradativa após o período de seca extrema. Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), em setembro o rio registrou 96 centímetros, sua menor marca em mais de 50 anos de monitoramento, e atingiu um nível crítico de apenas 19 centímetros em outubro.
O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) atribui essa recuperação às chuvas nas áreas de cabeceira do rio, situadas na Bolívia, responsáveis por aproximadamente 70% do volume do Madeira. A continuidade dessas chuvas é crucial para o restabelecimento dos níveis das águas, influenciando diretamente o transporte de cargas e a atividade dos portos, que enfrentaram uma queda de 60% no fluxo desde o início da estiagem.
A seca também trouxe dificuldades para a população ribeirinha, que viu o sumiço dos peixes e precisou recorrer a compras para garantir o alimento. Além disso, a Hidrelétrica de Santo Antônio opera com apenas 14% de suas turbinas devido à baixa vazão, e a Defesa Civil monitora a situação esperando que o aumento das chuvas contribua para estabilizar o ecossistema local.
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Fonte: Portal Rio Madeira