PORTAL RIO MADEIRA – O Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) realizou uma nova fiscalização, neste domingo (16), para avaliar as condições das UPAs e Policlínicas Ana Adelaide e José Adelino, em Porto Velho. O levantamento teve como objetivo verificar o atendimento à população e a estrutura de trabalho dos profissionais da saúde.
Evolução no atendimento
Durante a auditoria, os técnicos do TCE constataram avanços importantes em relação a fiscalizações anteriores, como maior disponibilidade de médicos, equipamentos e agilidade no atendimento. No entanto, ainda persistem falhas estruturais e escassez de insumos, o que compromete o funcionamento pleno das unidades.
A dona de casa Mirian Oliveira, atendida na UPA da zona sul, relatou a diferença no serviço. “Antes era muito demorado e faltavam médicos, agora está bem melhor”, afirmou. Já Kellyane Gonçalves, que levou o filho para atendimento, destacou que o tempo de espera foi reduzido.
Condições de trabalho e estrutura
Os profissionais da saúde também percebem os impactos positivos da fiscalização. O presidente do Conselho de Medicina de Rondônia (Cremero), Lucas Levi Sobral, destacou que houve melhora na estrutura e nos insumos disponíveis. “Observamos equipamentos novos, materiais e laboratório funcionando, o que representa um avanço significativo”, afirmou.
Apesar disso, algumas irregularidades ainda foram identificadas:
- Policlínica José Adelino: problemas estruturais como infiltrações e falta de médicos nos períodos de maior demanda.
- Policlínica Ana Adelaide: escassez de luvas e medicamentos básicos.
- UPA da zona sul: apesar da boa organização, a gestão de resíduos precisa ser aprimorada.
- UPA da zona leste: melhoria na regulação e exames, mas necessidade de reforço nos insumos e planejamento para reforma.
Os problemas foram registrados em relatório e encaminhados à gestão municipal, que terá cinco dias para apresentar um plano de providências.
Acompanhamento e medidas do TCE
De acordo com o auditor Gustavo Lanis, a fiscalização constante tem gerado resultados positivos. “A população percebe a diferença e se sente mais valorizada. Isso mostra a importância desse acompanhamento”, destacou.
O presidente do TCE-RO, Wilber Coimbra, reforçou que a fiscalização tem caráter preventivo e corretivo, podendo resultar na responsabilização de gestores em caso de descumprimento das recomendações. “Se as medidas não forem adotadas no prazo estipulado, o Tribunal poderá instaurar processos para apuração de responsabilidades”, explicou.
As fiscalizações continuarão sendo realizadas para garantir que as melhorias no atendimento sejam mantidas e ampliadas.

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Fonte: Portal Rio Madeira