PORTAL RIO MADEIRA – A Administração Geral das Alfândegas da China suspendeu os embarques de soja de cinco empresas brasileiras desde o início de janeiro. A medida afeta as operações da Cargill Agrícola SA, ADM do Brasil, Terra Roxa Comércio de Cereais, Olam Brasil e C.Vale Cooperativa Agroindustrial. A decisão foi motivada pela detecção de contaminação química e pragas quarentenárias em monitoramentos de rotina realizados pelas autoridades chinesas.
Os bloqueios começaram em 8 de janeiro para três das empresas e foram estendidos em 14 de janeiro para as outras duas. Representantes das empresas afetadas e a alfândega chinesa ainda não se manifestaram oficialmente sobre o caso. Segundo fontes ligadas ao setor, a retomada das exportações depende da apresentação de evidências que expliquem as inconformidades e de um plano de correção das irregularidades.
O Ministério da Agricultura brasileiro confirmou que recebeu notificações de não-conformidade relacionadas a cinco empresas, mas afirmou que as exportações gerais de soja para a China não serão comprometidas. A pasta está trabalhando para fornecer as informações necessárias às autoridades chinesas para reverter as suspensões temporárias.
A China, maior importadora mundial de soja, obtém mais de 70% de suas compras globais do Brasil, seu principal fornecedor. Em 2024, o país adquiriu um volume recorde de 105 milhões de toneladas da oleaginosa. A suspensão temporária das exportações ocorre em um momento em que o Brasil consolida sua liderança no mercado chinês, enquanto a participação dos Estados Unidos segue em declínio.
Traders indicaram que a agilidade na resolução das pendências será crucial para evitar impactos significativos no fluxo comercial. A suspensão inclui unidades de algumas das principais empresas exportadoras de soja para a China, que reforçaram estar tratando o assunto com seriedade para solucionar o problema o mais breve possível.
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Fonte: Portal Rio Madeira